Agarro-te pela alça e com impulso atiro-te para as minhas costas, passo o braço esquerdo pela outra alça e ajusto-te puxando as fitas.
Um click em baixo, outro click em cima, mais uns puxões nas fitas e estou pronta. Este movimento constante e repetivel inúmeras vezes.
As primeiras vezes são dolorosas, estás pesada e não te moldas, é um farto andar contigo.
Click em baixo, click em cima, tirar o braço esquerdo da alça, atiro-te para o chão. Desculpa. Relaxar os ombros e suspirar. Sinto-me leve.
Hora de ir. O movimento é repetivel. ‘’estás mais leve’’ penso.
Caminho km e km contigo às costas e tu levas a minha bagagem. É justo. Torna-se prazeroso andar contigo, quando não te tenho sinto-me incompleta. És sinal de liberdade, de aventura, de descoberta, de encontros, de noites diferentes, de novas pessoas, de falta de rotina e de desculpas para tudo.
Sabes, quando te tenho posso ‘’acampar’’ onde quiser, carregar o telemóvel, utilizar o wifi, comer sem cuidados, ir ao WC lavar os dentes e a cara sem que ninguém me diga nada, posso ficar horas nesta rotina e apenas consumir o que de mais barata houver à venda.
Estás suja, imunda. Não faz mal, não me importo, é sinal de uso e de lugares.
És linda sabias? Tenho um grande amor por ti, acompanhastes-me em todas as viagens mais importantes da minha vida e nunca me deixas-te ficar mal.
Obrigada Quechua, por aí há milhares iguais a ti mas para mim és única, minha e perfeita.
13/12/2016
Marta Durán
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