Hector o condutor maluco

São 14h48 e estou neste momento sentada num Macdonalds em Brno, na Republica Checa. Parti hoje de Budapeste em busca de boleia, eu e a Mafalda.

Após um metro e um autocarro estávamos na estação de serviço de polegar esticado e com um papel a dizer Gyor. 20 minutos e pára uma carrinha. Troca de gestos e nomes de cidades, vai para BRNO!!!

Pulámos de tanta alegria, saiu-nos a sorte grande quase 300 km de caminho apenas com 1 boleia… lugar certo à hora certa.

Hector, não falava inglês, gostava de música, alta, muito alta.

Gostava ainda de meter o pé no acelerador, e de ultrapassar a toda a hora e não parava com o cu no banco, estava-se sempre a baloiçar.  Protestava com todos os outros condutores, eu na minha cabeça apenas imaginava o que ele dizia:

‘’Car**** sua besta, tiras-te a carta na farinha amparo??? DEIXA-ME passar!!’’

ou então,

‘’Sua va*** estou com pressa não vês, SAI JÁ!!’’

Felizmente os travões funcionavam, ele fez questão de fazer uma paragem brusca para nós confiarmos, fui à frente e voltei! Fiu…

Só me podia rir com a situação, ele era maluco, se não os podes vencer junta-te a eles. E assim foi! Dancei e cantei que nem uma parva, já sou profissional em charadas e sei traduzir na perfeição o que ele me transmite!

Cheguei viva e com boa saúde, um bocado zonza de tanta ultrapassagem, mas está tudo bem!

21/11/2016

Marta Durán