Visitar a Jordânia em 10 dias

Jordânia a terra dos beduínos

A Jordânia era um país há muito desejado e visitá-lo em período de ramadão foi a cereja no topo do bolo! Foi o primeiro país do médio Oriente que visitei e por isso tinha bastante curiosidade. Só vos posso dizer que quero voltar por todas as experiências que passei. Leiam e tenho a certeza de que no fim quererão marcar uma viagem com destino à Jordânia.

Antes de irem para a Jordânia e caso estejam a pensar visitar Petra, aconselho-vos a adquirirem o Jordan Pass. Existem 3 tipos de Jordan Pass (https://www.jordanpass.jo/Contents/Prices.aspx). A diferença prende-se essencialmente com o número de dias que pretendem visitar Petra. Este Pass dá direito a entrar em mais de 40 atrações turísticas do país, tais como Petra, Jerash, a Cidadela de Amã ou o deserto de Wadi Rum, mas para além de tudo isto dá ainda isenção na taxa de visto de turista, para quem ficar na Jordânia no mínimo quatro dias e três noites. Ou seja, compensa em muito comprar o Pass, comparando com o preço do visto e a entrada em Petra pagos à parte.

1º dia - Amã

Chegámos a Amã por volta das 3h da manhã, por um atraso no vôo, o que fez com que víssemos a capital, deserta, contrastando com o corrupio que se fazia sentir no dia seguinte.

No primeiro dia na cidade começámos por explorar os Suks (zonas comerciais) e fomos até ao anfiteatro romano, bem no centro da cidade. O Teatro Romano é a principal atração da capital e dificilmente passa despercebido. De seguida subimos, a pé, para a Cidadela de Amã. A capital da Jordânia está cheia de obras de arte pintadas nos prédios, o que torna este passeio bastante agradável.

Sendo período de Ramadão, onde os muçulmanos praticam um ritual de jejum, todos os dias, abstendo-se de comer, beber, fumar ou ter relações sexuais desde que o sol nasce até que o sol se põe, foi mais difícil encontrar um local para almoçar. Tivemos de optar por almoçar num local mais turístico, com as janelas cobertas, para que não pudéssemos ser vistas, pelos muçulmanos, a comer durante o dia, no fundo é para que eles não cedam à tentação.

Para jantar escolhemos um restaurante local. Foi curioso testemunhar a espera pelas 19.15h, hora do pôr do sol, para poderem comer. Uma vez que estão muitas horas sem comer, as pessoas começam por beber um copo de água, para aconchegar o estômago para depois começarem finalmente a comer ao fim de tantas horas.

Amã de noite tem imensa vida, por isso aproveitem para passear pelas lojas, fumar shisha, como todos os locais fazem, ou simplesmente absorver os cheiros e os sons que se fazem sentir.

2º dia - Baptism Site of Jesus Christ, Mar Morto e Wadi AlMujib

Uma vez que queríamos conhecer várias cidades e só tínhamos 10 dias, optámos por alugar um carro (https://usavejo.com/) para podermos ter mais liberdade e autonomia, mas há quem faça a mesma viagem utilizando os transportes públicos e dizem que fica muito em conta.

Saímos de Amã bem cedo, para não apanharmos a hora de ponta e fomos visitar o local onde Jesus Cristo foi batizado, no rio Jordão, a fronteira natural entre Israel e a Jordânia e que desagua no mar morto. Pessoalmente acho que é um daqueles sítios “been there, done that”, mas para quem se identifica com este tipo de turismo, é um local com muita história e é interessante estar tão perto da fronteira de Israel, uma vez que a fronteira é literalmente no meio do riu a 2 braçadas do sítio onde estávamos.

Seguimos então para o mar morto, que, apesar do nome, não é mais do que um lago de água salgada. Tomar banho no mar morto tem muito que se lhe diga, porque apesar de ser interessante o facto de boiarmos mal entramos dentro de água, a água salgada não é agradável nos olhos ou na pele, assim que se sai da água. Existem praias privadas, que dão acesso a piscinas de água doce e chuveiros, mas nós acabámos por ir a uma praia pública, visto que o valor que se paga de entrada nas privadas, a meu ver, não compensa. Levámos, por isso, connosco um garrafão de água doce de 8L, para nos podermos passar por água, assim que saímos da água, que comprámos na capital no dia anterior especialmente para o efeito.

De seguida fomos para Wadi Al Mujib, fazer um trilho que dá pelo nome de “The Siq Trail” (http://wildjordan.com/eco-tourism-section/canyoning) que só está aberto entre os meses de Abril e Outubro, dependendo das condições atmosféricas e consiste num Canyon dentro de água. O que para quem gosta de aventura, é incrível. De notar que apenas os maiores de 18 anos podem fazer o percurso e o mesmo começa no Mujib Adventures Center. O percurso é mesmo muito giro, a entrada é paga e faz sentido, para que o espaço seja conservado e para que seja mais fácil controlar a quantidade de pessoas que está a fazer o trilho ao mesmo tempo.

Dica: Caso queiram ir mergulhar no mar morto, Wadi Al Mujib é o sítio ideal para poderem tirar o sal da pele depois do mergulho, visto que a água que irão percorrer vem de uma cascata de água doce, por isso optem por ir ao mar morto antes de irem fazer o Canyon. A praia pública fica a 2 min de carro da entrada do canyon.

3º e 4º dia - Petra

Petra é uma das 7 maravilhas do mundo moderno e é impensável ir à Jordânia e não passar 1 ou 2 dias nesta cidade, a 240 kms de Amã. A meu ver, o ideal são mesmo 2 dias, porque existem vários trilhos para conhecer e fazê-los todos num só dia pode ser extenuante. A zona da cidade arqueológica (https://visitpetra.jo/) tem 60 km2 e está aberta entre as 6h da manhã e as 18h da tarde (no inverno fecha às 16h). Existem ainda espetáculos noturnos junto ao Treasury (famosa imagem com as velas acesas) e ainda a possibilidade de dormirem numa das grutas, mas apenas o podem fazer acompanhados por um bedouin.

No primeiro dia fizemos o trilho principal, que começa no Visitor Center (entrada), passa pelo Siq (canyon) que tem uma extensão de 1Km e demora 20 min a percorrer, e que guia até ao Treasury (principal atração de Petra) e depois continuámos até ao Monestary. O percurso até ao Monestary tem 4,5 Kms e uma duração de 2h. Este último caminho tem mais de 850 escadas e há quem opte por subir de burro. Sinceramente não concordo com a utilização dos animais, a não ser em casos excecionais, pelo que recomendo que vão a pé, a subida é agradável e podem ir parando para descansar pelo meio. Vão abordar-vos imensas vezes a perguntar se querem ir de burro, ou de carruagem com cavalos, mas os animais são mantidos em condições desumanas com um calor insuportável, por isso, não suportem este tipo de turismo!

No regresso, optámos por fazer ainda mais um trilho “High Places of Sacrifice”, que é composto por mais incontáveis escadas, mas a vista que se tem no cimo do trilho compensa em muito a caminhada. O trilho tem uma extensão de 4 kms e uma duração de 2h30m.

No segundo dia voltámos mais cedo e fomos fazer o trilho “Royal Tombs” que termina num local com vista privilegiada para o Treasury. Acabámos por voltar a Petra para apanharmos a abertura do espaço e foi o melhor que fizemos. Ver Petra com menos turistas e menos calor é bem mais agradável.

Dica: Tentem chegar a Petra quando esta abre, visto que tem muito menos pessoas e as temperaturas que se fazem sentir são muito mais agradáveis.

5º dia – Wadi Rum

Seguimos para o deserto de Wadi Rum, também conhecido como “O vale da Lua” por causa das rochas que o caracterizam, onde conseguem encontrar estadias por menos de 1 EUR. Esta é uma área protegida, com uma extensão de 720 km2. A entrada em Wadi Rum está incluída no Jordan Pass e existem mais de 100 alojamentos. Cada alojamento tem várias tours pensadas com diferentes durações. Existem excursões de 2h, meio dia ou de dia inteiro. Fizemos uma tour de um dia, que começou às 10h00 da manhã e terminou com o pôr do sol. A tour incluía almoço e passou por vários pontos como Lawrence’s Spring, Red Sand Dune, Jebel Khazali Canyon, Small Bridge, Lawrence’s House from the movie Lawrence of Arabia, The Mushroom Rock, White Desert, Burdah Rock Bridge, andar no Abu Khashaba Canyon, Um Frouth Rock Arch. O preço da estadia está diretamente ligado com a obrigatoriedade de terem de fazer uma das tours.

Dica: Se fizerem uma tour, comparem os preços dos diferentes alojamentos, pois há preços para todas as carteiras e tentem negociar com quem vos vai fazer a tour para começarem a tour cedo e evitarem apanhar a hora de ponta dos turistas. Houve alturas em que quase não conseguimos aproveitar a imensidão do deserto pela quantidade de turistas que estavam a visitar as mesmas coisas, à mesma hora.

6º, 7º e 8º dia - Aqaba

A última grande aventura da Jordânia esperava-nos em Aqaba, uma cidade costeira, banhada pelo mar vermelho, de onde se vê o Egipto, Israel e ainda a Arábia Saudita. Tínhamos planeado fazer um batismo de mergulho, uma vez que Aqaba é bastante conhecida pelos spots debaixo de água, mas acabamos a fazer o PADI Open Water Course, com o Camel Dive Center e delirámos! Fizemos 4 mergulhos, para aprender as técnicas de mergulho e terminámos a visitar um navio que foi afundado a pedido de um rei da Jordânia para se tornar num coral, o Cedar Pride Shipwreck. Este navio está localizado junto a uma praia, a + de 25 metros de profundidade e tem um comprimento de 70 metros. A minha dúvida, enquanto fazia mergulho era “Como é que não fiz isto mais cedo?”

9º dia – Madaba, Jerash

Para terminar a visita este país, visitamos ainda as cidades de Madaba e Jerash, a primeira conhecida pelos seus mosaicos e pela quantidade de igrejas. Esta cidade é um excelente exemplo de tolerância étnica e religiosa, porque os seus habitantes são de etnia árabe e de religião muçulmana, mas existe ainda uma grande comunidade cristã com tradição grego-ortodoxa. A segunda cidade onde fomos foi, Jerash, conhecida como a “Pompéia da Ásia”, é o melhor exemplo de uma cidade do império romano no Oriente Médio.

Alimentação

A Jordânia é um país surpreendente em termos de riqueza ao nível da alimentação. Para quem é vegetariano como eu, é o paraíso. Como aperitivos comemos muito Hummus, Baba ghanouj e saladas de vários tipos. Estes pratos vêm sempre acompanhados pelo famoso pão pita e são ótimos para partilhar em qualquer mesa.

Como pratos principais pedíamos muitas vezes Falafel ou Galayet Bandora, que é tomate frito com cebola e alho numa panela, acompanhados com arroz ou o saladas.

E para sobremesas, depende das cidades, mas geralmente havia sempre Baklava Halawat al-jibneh (massa fofa recheada com queijo cremoso), Baqlaweh (massa folhada em camadas preenchidas com nozes e encharcada de mel). Por ser ramadão existia ainda uma sobremesa que adoça esta época, de nome Qatayef. Babem-se com as fotos!

Preços

Os preços variam muito consoante a cidade seja considerada mais ou menos turística, mas não é um país que se possa dizer que é necessariamente barato.

Gastámos em média 10 EUR por dia em refeições, mas é importante notar que facilmente gastaríamos mais, se tivéssemos comido sempre por nossa conta.

Uma vez que fizemos couchsurfing, em Petra e Aqaba, acabámos por poupar também no valor gasto em estadia, tendo em 9 noites, gasto, ao todo, 25 EUR.

Em resumo, a nossa viagem, com vôo, estadia, alimentação, curso de mergulho, Jordan Pass e seguro teve um custo de 1.100 EUR com o preço do mergulho incluído, que rondou os 400 EUR..

Dica 1: Como não podia deixar de ser, contei com o apoio do seguro IATI que me acompanha em todas as viagens. É sempre importante termos seguro, principalmente por causa dos atrasos nos voos, cancelamentos de viagens, excursões, ou mesmo para qualquer eventualidade que aconteça. Sentimo-nos sempre mais protegidos se soubermos que temos quem nos ajude quando estamos fora.

Dica 2: Quando viajam para fora do país, especialmente para países fora da zona euro, levem sempre Revolut, para evitar que vos sejam cobradas taxas de câmbio ou taxas associadas ao levantamento.

Turismo Industrial: Centro de Portugal

 Desta vez trago-vos um artigo diferente do habitual, fui convidada juntamente com a Associação de Bloggers Portugueses para conhecer o Turismo Industrial da zona Centro de Portugal. Aceitei o desafio porque nunca tinha explorado este tipo de turismo e tinha uma curiosidade nata em saber mais, gosto sempre de ver os artesãos a trabalharem e perceber como são feitas as coisas.

Foi um roteiro de 3 dias onde tive a oportunidade de conhecer um bocadinho da história de várias indústrias em Portugal e ainda visitar as fábricas e ver a produção dos materiais.

Museu Nacional Ferroviário 

A viagem começou pelo Museu Nacional Ferroviário, situado no Entroncamento, que conta com uma coleção com cerca de 36.000 objetos, sendo esta considerada umas das melhores e maiores coleções da Europa. Um Museu desenhado para miúdos e graúdos, onde temos a oportunidade de viajar pela história dos caminhos de ferro, passando por locomotivas, carruagens e vagões, como o Comboio Real e o comboio presidencial. No final da visita almoçamos numa carruagem com serviço de catering (que está disponível, mediante marcação)

Do lavadouro de Lã à Fiação

Mal entrei no lavadouro senti que ia aprender algo de novo. Por vezes ao vestirmos as peças de roupa, pisarmos um tapete ou sentirmos a textura de uma manta, nem nos lembramos de todo o trabalho que está por detrás da confecção da mesma.

Desta vez fui descobrir como é que tudo acontece, desde a chegada da lã ao armazém, passando pelo processo de lavagem até ao produto final, a fiação.

Nesta galeria de imagens, podem observar todo o processo que mencionei anteriormente. As primeiras representam a chegada da lã ao armazém, em fardos, depois segue-se o seu tratamento, onde passa por um processo de lavagem para saírem todas as palhas e sujidade natural da lã e por fim chegamos à cor branquinha que vemos na foto final. Estando o produto pronto para dar vida a outro produto.

Fiação

Depois de vermos todo o processo de limpeza da lã fomos até à fábrica, onde, já desprovida de sujidade, esta é cardada, penteada, novamente cardada e depois fiada, até chegar à linha que nós compramos em loja, como podemos ver na galeria de imagens.

Museu Industrial e Artesanal do Têxtil-MIAT

Depois de um longo dia fomos recebidos pelo senhor José Paulo Baptista, no Museu Industrial e Artesanal do Têxtil-MIAT, que por si só nos recebeu com grande entusiasmo para mostrar o museu que idealizou e sonhou com tanto carinho.

O José é um viajante que coleciona peças da industria têxtil, onde quer que vá e podes encontrar muitas dessas peças no museu. Ele fala com paixão sobre a industria, a história e as suas viagens. A visita é uma viagem por si só, daquelas que nos dá vontade de irmos nós também viajar! O museu está super bem concebido, organizado e com todas as informações, além disso tem sempre exposições temporárias de artistas que trabalham com lã.

Museu do Vidro da Marinha Grande

A Marinha Grande sempre foi conhecida pela industria do vidro, e sendo desta forma imperdível a visita ao Museu do Vidro para conhecer um pouco da história desta indústria.

Implantado no palácio Stephens, a antiga residência de Guilherme Stephens, industrial inglês que investiu na industria do vidro e restabeleceu a Real Fábrica de Vidro na Marinha Grande, este museu acolhe mais de 250 anos de história. 

Reúne coleções variadas que testemunham a actividade industrial da época até à actualidade, podemos ainda encontrar peças lindíssimas e únicas relativas à indústria vidreira em Portugal

No final da visita tivemos a oportunidade de ir ver os artesões mais antigos a trabalharem peças que posteriormente são colocadas à venda na loja de souvenirs.

Fábrica Vidrexport

A visita à Fábrica Vidroexport, situada na Marinha Grande, talvez tenha sido o ponto alto da viagem para mim, sem qualquer expectativa sou surpreendida pela forma de como ainda nos dias de hoje se faz vidro a sopro!

Fiquei estupfacta a observar os trabalhadores da fábrica a fazerem o vidro com enorme presuação, aproveitei obviamente para fotografar da melhor forma que pude o decorrer dos trabalhos.

Museu e Fábrica Vista Alegre

Por fim visitámos a Fábrica Vista Alegre, talvez a mais conhecida em Portugal, não só por ser uma empresa centenária mas também pela qualidade dos produtos. Quem nunca foi a um restaurante, virou um prato e esboçou um sorriso por ter o selo Vista Alegre? Pudemos então descobrir de onde vêm estas loiças e toda a sua história.

Quem me conhece sabe que o que mais gosto de ver é as pessoas com a ”mão na massa” e no final da visita ao museu tivemos a oportunidade de ver como são decoradas algumas das peças.

Se estiveres a passear por Aveiro ou arredores, vale a pena a visita!

Foram 3 dias a explorar o Turismo Industrial da região Centro do país e a descobrir como é que são feitas as coisas!

É uma forma diferente de conhecer o nosso país e uma bela maneira de aprender mais.

Visitar Vila Nova de Milfontes

Esta vila tem muito que nos enganar e tudo começa pelo próprio nome, primeiro tudo não é Vila, é uma freguesia, de Nova pouco tem e muito menos terá Mil fontes para nos surpreender.

É enganadora do início ao fim, quando chegamos somos surpreendidos pela baía, onde deságua o rio Mira , perfeita para desportos náuticos como natação, Stand Up Paddle e Canoagem.

Os que pouco gostam de se aventurar observam apenas e desfrutam de uma passeio pelo centro ou descansam pelas praias, mas aviso desde já que vão perder toda a magia que Milfontes tem para vos dar.

Os amantes das ondas e do Surf podem rumar diretamente para a Praia do Malhão que na minha opinião é uma das praias mais belas da costa alentejana, mas quem gosta apenas de estender a toalha também merece a pena a visita.

Nesta minha última viagem a Milfontes fiquei no grupo Duna Parque no chamado Moinho da Asneira, que fica exatamente no Rio Mira, foi um excelente pretexto para o explorar melhor.

Não podemos deixar esquecido o Rio Mira que é dos poucos rios em Portugal que corre de Sul para Norte, nasce em Almodovar e vai desaguar a Vila Nova de Milfontes. É possível fazer todo o percurso de barco, são 130 quilómetros. Os fãs de pesca aqui vão encontrar uma grande variedade de peixe, e os observadores de pássaros na altura das migrações também vão gostar do que vão ver! 

Eu fiquei-me por explorar de canoa os primeiros 6 quilómetros, uma experiência a repetir!

Se não fui muito clara com estas dicas vou deixar as fotografias falarem por mim:

E para terminar este artigo se não ficaste convencido ora vê esta praia secreta, e sim situa-se em Vila Nova de Milfontes, queres saber onde é?
Envia-me mensagem privada através do Instagram

Nota: esta praia é para os amantes da natureza, quem não se importa de caminhar 30 minutos até à praia e quer sossego.

Quero agradecer ao Duna Parque, ao Visit Milfontes e Paddle South Portugal por tornarem a minha estadia inesquecível.

Visitar as Berlengas

Visitar a ilha da Berlenga ou então como é mais famoso as Berlengas, as, pois falamos de um arquipélago que consiste em 3 ilhas onde a Berlenga Grande é a única que é possível conhecer, é uma experiência incrível.
A Berlenga é uma ilha selvagem situada apenas a 40 minutos de Peniche, onde serve casa a muitas aves, nomeadamente gaivotas, também a coelhos e ratos.

Antes de começares a ler lembra-te que a Berlenga é considerada Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO desde 2011, e para que se mantenha limpa e preservada tu, como visitante tens o dever de saber cuidar, por isso, leva contigo o TEU lixo e cuida do local com respeito.

Como ir?

Se for em época alta é aconselhável marcar previamente o barco e a estadia senão habilita-se a não ter lugar em nenhuma embarcação.

Todos os operadores onde pode marcar a sua tour aqui

Pessoalmente sempre que vou à Berlenga vou no operador mais antigo que é o da Viamar e na famosa embarcação Cabo Avelar Pessoa, demora cerca de 45 minutos a chegar à ilha e dependo das condições do mar pode ser uma aventura!

Se vai de carro aconselho-o a estacionar na entrada da cidade, ao lado do quartel dos bombeiros, que tem um grande parque de estacionamento público gratuito.

Cais da ilha da Berlenga

O que não perder?

Não podes claramente perder a visita às grutas é possível fazê-lo de barco em tour ou então (como eu prefiro) alugar um caiaque e explorar ao teu próprio ritmo.

O custo do aluguer do caiaque : 10€ por pessoa e poderá fazê-lo no cais já na Berlenga.

O custo da tour pelas grutas: 8€ por pessoa também poderá marcar no cais ou previamente com uma das empresas operadoras.

Dica: Leva óculos e tubo para fazeres Snorkeling junto ao forte e descobrir o mundo aquático.

Há inúmeras actividades extra que poderás fazer como ver golfinhos, mergulho, observação de aves, pesca etc…

Onde ficar?

Parque de Campismo da Berlenga

(Actualmente fechado devido ao COVID)

Marcar com antecedência através do site da Câmara Municipal de Peniche 

Forte São João Baptista

Foi aqui que pernoitei e é de facto uma experiência a repetir!

Fiquei no quarto número 1 que era onde ficava Oliveira de Salazar, dizem que é o melhor quarto do forte! Parece que tive sorte.

Contactar através do facebook

Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal

Visitar Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal é uma agradável surpresa. Banhada pelo rio Lima a vila e com uma arquitetura medieval destaca-se logo à primeira vista.

Depois de 4 dias a explorar este cantinho situado no Minho, a convite do Visit Ponte de Lima deixo-vos com uma lista do que não podes perder em Ponte de Lima:

Explorar o Centro Histórico

Passear pela avenida dos Plátanos

Uma avenida repleta de plátanos centenários plantados em 1901, que deixam qualquer um boquiaberto. Do Outono ao Verão terás uma imagem lindíssima desta avenida também conhecida pelo passeio dos namorados!
Ah e antes que me esqueça aqui também acontece o mercado que dizem ser o mais antigo de Portugal, será?

https://www.instagram.com/p/CDrlfGhh5r_/

Passeio no barco Água Arriba

Este barco é uma réplica histórica do barco “água-arriba”, que noutros tempos era o meio de transporte de pessoas, animais e mercadorias pelo rio Lima acima e abaixo, entre Viana do Castelo e Ponte da Barca.

Uma bela surpresa e se o tempo for convidativo espera-te um belo mergulho nas águas do Rio Lima.

Canoagem no Rio Lima

A canoagem por estas zonas já se tornou num desporto bastante famoso, não só pelo facto de aqui ter sido criado Fernando Pimenta o campeão Olímpico Português, como também pelo facto deste rio ter todas as condições para uma boa prática desta modalidade.

Mergulho na praia fluvial Pé do Negro

Nos dias mais quentes do Verão um mergulho nesta praia recentemente recuperada vai refrescar o seu dia!
Uma zona que transmite paz e sossego perfeita para desfrutar em plena sintonia com a natureza.

créditos: @zepev

Visitar as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos

Um lugar perfeito para um passeio em família pelos passadiços, e em épocas mais chuvosas as lagoas estão repletas de água.

Visitar a mesa dos 4 abades

Após percorrer um pequeno trilho vamos ao encontro da mesa dos 4 abades que é uma mesa de granito ladeada por quatro bancos também em pedra, cada um localizado no território de cada freguesia: Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. Antigamente os representantes de cada paróquia sentavam-se para debater e resolver os mais diversos assuntos. Esta tradição, foi recuperada e nos dias de hoje continua a ser celebrada no terceiro domingo de junho de cada ano. 

Sugestões de onde ficar?

Ponte de Lima tem uma grande oferta de turismo de habitação mas de facto fiquei encantada com o Cerquido Village e Spa, fica no topo da montanha e surpreende-nos com uma piscina infinita com vista para a natureza.

Se queres marcar a tua estadia utiliza este link, pagas o mesmo e é uma forma de me ajudares a manter este blog

Ainda tens dúvidas se queres visitar Ponte de Lima?
Deixo-te com o vídeo realizado durante a minha passagem por esta vila!

Obrigada Visit Ponte de Lima pelo convite e ainda aos companheiros desta viagem, @zepev ,@followthesuntravel e @Onenightat

Conhecer o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros

A apenas 1 hora de Lisboa, de onde eu sou, encontramos o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros que para minha surpresa revelou-se numa viagem no tempo e vão perceber o porquê neste artigo. 

Após 3 meses de confinamento esta foi a minha primeira aventura no centro do país, inserindo-se na iniciativa da ABVP (Associação de Bloggers de Viagem Portugueses) #Eu Fico Em Portugal, aproveitei a proximidade da minha casa e o facto de não conhecer esta área para a explorar.

Agarrem numa caneta e num papel e apontem todas as dicas para uma bela aventura nesta serra, é uma viagem no tempo para miúdos e graúdos, aos mais aventureiros até aos que não gostam muito de se mexer. 

Aqui vou-te deixar os lugares imperdíveis e que te vão fazer voltar muitas vezes ao Centro de Portugal.

No final deste artigo deixo-te com uma dica do melhor pôr-do-sol da Serra.

Para viajar no tempo aconselho a visita a estes dois lugares:

Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire

Pela primeira vez vi pegadas de Dinossauros com cerca de 175 milhões de anos, parte do Jurássico Médio, são mais de 1000 pegadas que se interligam num caminho com muita história. Um percurso divertido e interessante por uma pedreira já desactivada.

2º  Praia Jurássica de S. Bento

 Visitei a esta praia com milhões de anos, descoberta em 2003 onde antes era uma pedreira, sem muita expectativa, quando cheguei tinha trabalhadores do ICNF a fazerem a limpeza do espaço juntamente com um geólogo que me fez uma visita com direito a algumas explicações. Em tempos normais os fósseis estão assinalados

Estes foi os que consegui encontrar:

Caminhadas:

Percurso Pedestre Fórnea

Um pequeno e agradável trilho por um vale, envolvido pela Serra de Ladeiras, Pena de Águia e Cabeço de Raposeiro. Depois de passar pelas oliveiras chegamos à cascata da ribeira da Fórnea ( que só tem água no Inverno).

Aos mais aventureiros aconselho a subirem até à Cova da velha, que é uma cavidade com uma nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea. Eu fui na época seca portanto não tive a sorte de vê-la com água.

Estrada Romana Alqueidão da Serra

Foi este o caminho que conduziu Nuno Álvares Pereira ao Campo Militar de S. Jorge na véspera da Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.

Construído entre os séculos I a.C. e I d.C. , é um caminho que nos permite contemplar os blocos de pedra espaçados e o equilibrismo que temos que fazer ao caminhar neles.

Aconselho e percorrer apenas o início do trilho que tem a estrada romana.

Muitas vezes através do instagram me perguntam onde ando, após verem vídeos incriveis dos sitios, e eu é raro dar coordenadas portanto hoje aqui vou desvendar a minha maior descoberta nesta viagem:

O canhão Flúvio-cársico dos Amiais, a Janela Cársica e o Sumidouro da Ribeira dos Amiais.

Tudo isto parecem nomes vindos de outro mundo e ao descobrir este sítio senti o mesmo, que estava noutro planeta.

Após as chegada à praia fluvial dos Olhos de àgua do Alviela  decidi explorar o PR 1 que indicava 1,5 km sem saber o que me esperava. 

Surpreendi-me com estas maravilhas geológicas.

O Sumidouro é o termo que caracteriza o local onde um curso de água desaparece da superfície e passa a correr subterraneamente. É o que acontece aqui, na entrada da gruta da Canada. A ribeira de Amiais penetra em calcários para só voltar à superfície 200 m mais adiante, numa ressurgência no início do canhão fluviocársico da ribeira.

Para vos explicar o canhão flúvio-cársico é resultado de processos de dissolução de rochas calcárias do Jurássico Médio, que, ao longo de milhões de anos, se foram moldando de acordo com a persistência e vontade das águas da ribeira dos Amiais. 

Dica: Este espaço é excelente para passar o dia entre banhos e a explorar os arredores!

No regresso a Lisboa é obrigatória uma paragem nas Salinas de Rio Maior, as únicas salinas no centro de Portugal em pleno funcionamento onde ainda é possível ver os trabalhadores com as mãos à obra.

É também um lugar curioso pois o mar situa-se a 30 km de distância mas a água chega sete vezes mais salgada que a água do mar, provém de um poço, após passar por uma jazida de sal-gema.

Há sempre uma razão para voltar, como fui numa época atípica visitar esta zona encontrei vários sítios fechados mas recomendo a visita:

-Ecopista de Porto de Mós

-Gruta de Alvados e as Grutas de Santo António

-Gruta de Mira de Aire

Dica pôr-do-sol: 

Retirei esta dica do artigo dos Vaga Mundos e fui ver com os meus próprios olhos.

Subi até ao miradouro das antenas da proteção civil, a seguir à aldeia da Bezerra, que tinham uma bonita para a zona oeste, num dia limpo dá para ver o mar e a Nazaré!

Esta viagem teve o apoio do Turismo do Centro Portugal

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De scooter até Vila Nova de Milfontes

Após 57 dias de confinamento junto da família surge a oportunidade de fazer uma Road Trip até Vila Nova de Milfontes.
Inicialmente surgiu a ideia de ir de bicicleta, mas só dava chuva e tempestade para os dias que se seguiam e de todo que não queria pedalar sobre a chuva nem dormir sob o chão alagado.
Não tenho carro, e desta forma só sobrava a minha scooter, uma Honda Sh125, companheira de longa data que me levara em tempos para a Escola Secundária e posteriormente para a universidade, belos tempos!

Esta scooter já tem muita história, desde um acidente onde fiquei sem dianteira, ou até mesmo aquelas quedas estúpidas onde estás parada e cais em camera lenta para o lado! Já deu muitas boleias e nunca me deixou apiada, portanto era a companhia ideal para rumar a sul.

Coloquei os alforges da bicicleta com um sistema infalível para não caírem, uma mochila de 40 L à frente, e outra mochila na bagageira. À boleia comigo vinha a Marta (@martaabordo) e com ela a tenda, que religiosamente segurou durante toda a viagem.

Tinha tudo para dar certo, alforges da bicicleta e previsão de chuva.
Saímos confiantes de S.Domingos de Rana e apanhámos a A5 em direção à ponte 25 de Abril, nem passado 3 kilometros desata a chover torrencialmente, o que me obrigou imediatamente a virar para Carnaxide e parar debaixo do viaduto e aguardar que a chuva parasse.
De forma a tornar-me visível deixei a mota ligada e com o pisca acesso. Já conseguem adivinhar o que aconteceu?
Lembram-se de ter escrito que a mota nunca me deixou apiada, pois bem é de levar à letra o ditado “Há uma primeira vez para tudo”.
Tento ligar a mota e está sem bateria, num misto de emoções já só me consigo rir, e relembrar as saudades destas aventuras e ao mesmo tempo estar a chamar por um reboque. Já só pensava que a viagem ficava por aqui, porque tinha ligado ao mecânico que me disse que a bateria teria de carregar pelo menos 3 horas.
Ligava ao João Amorim, que nos aguardava no Duna Parque Hotel onde íamos fazer um trabalho, a dizer para não contar comigo.

O reboque chega e eu desabafava como os meus planos tinham literalmente ido por água abaixo, ao que ele me pergunta se a bateria estava “à mão”, e eu disse que sim, imediatamente disse que poderíamos tentar dar energia com os cabos!
1, 2, 3 e vrummmmm….. Saltos e pulos de alegria (não há cá abraços nem beijinhos que o Covid não deixa) e seguimos rumo a Setúbal onde nos esperava o choco frito!

A mota parada sem bateria debaixo do viaduto

Já em Setúbal, depois de uma rota pela N10 com passagem em Azeitão já nos esperava o meu amigo xocco que trabalha no famoso restaurante Adego Leo do Petisco (recomendo!!)
Barriga cheia e um saco com sandes de choco frito para a grupeta que nos esperava em Milfontes e vamos diretamente ao ferry que faz a ligação de Setúbal-Tróia.

Sempre a descer sem passar dos 70 km/hora passámos pelos arrozais da Comporta, os pinhais de Melides (que me fizeram espirar mil vezes de alergia) e até que fomos beijadas pelo mar a partir da famosa praia de água quente de São Torpes até chegar a Milfontes.

Em Milfontes esperavam-nos o João Amorim e os Mochileiros_vc (Pedro e Carolina), para 1 semana de trabalho no Duna Parque Hotel.

Tens 5% de desconto na tua estadia em qualquer hotel do grupo Duna Parque se mencionares que foste “à minha boleia”.

Fomos inicialmente para a Milfontes guest house que fica a 5 min do centro de Milfontes e das suas praias mais bonitas como é o exemplo da praia do Malhão. Esta guest house é excelente para ir com um grupo de amigos ou até mesmo em casal, além de ter uma piscina interior, sauna e jacuzzi tem um espaço comum e uma cozinha para preparar todas as refeições, é uma casa fora de casa.

Depois de duas noites de estadia rumámos para a Quinta da Samoqueirinha, uma herdade privada a 10 minutos de carro de Milfontes, rodeada de natureza.
Um alojamento rústico e acolhedor perfeito para uma escapadela da cidade.
A herdade além de ter uma quinta pedagógica com burros, galinhas, porcos, cabras, ovelhas onde todos vivem em harmonia tem também cavalos, que podes montar e passear pelos arredores da herdade (para teres esta experiência contacta a Natura Horses, não precisas de estar hospedado no hotel).

Não te esqueças que se disseres que vens pela minha parte usufruis de 5% de desconto no teu alojamento.

Esta Quinta é um pequeno paraíso perfeito para relaxar em plena harmonia com a natureza!

O regresso a casa

Depois de 1 semana em Vila Nova de Milfontes, cada um rumou para sua casa, mas eu não conseguia ir embora sem acampar e estar em contacto direto com a natureza.
Por isso juntamente com a Marta decidimos ir subindo para Lisboa bem devagar, a primeira paragem foi logo no vizinho Porto Covo.
Fomos até à praia da Samoqueira conhecida pelas águas cristalinas e pelas suas falésias, procurámos um sitio mais abrigado para ver o por-do-sol e montar a tenda.

No dia seguinte continuámos o percurso a norte com paragem para um dia de praia em São Torpes e posteriormente a dormida na extensão de praia lindíssima e paradisíaca da Comporta, com uma vista privilegiada para a Serra da Arrábida e km de areia sem ninguém, isto sim é um hotel com milhões de estrelas.

Assim se passou 1 semana de desconfinamento que soube pela vida, agora aos poucos está na hora de sair com os devidos cuidados e aproveitar o que o nosso país tem para nos dar.
Cuidem-se e #fiquememportugal

A não esquecer:

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– 10% de desconto na loja Monte Campo com o código: BOLEIASDAMARTAMC10

Fazer seguro de viagem?

‘’Aconselhas a usar seguro de viagem? Qual?’’

Até então tinha alguma dificuldade em sugerir um seguro de viagem barato e que valesse a pena, encontramos no mercado seguros com preços exorbitantes e que não incluem assim tanta coisa e outros mais em conta mas que se acontece alguma situação mais perigosa não valem de nada.

Eu fujo à regra as minhas viagens até hoje foram sempre sem seguro a pensar sempre que ‘’Só acontece aos outros’’ mas a verdade é que à medida que me fui cruzando com outros viajantes todos tinham seguros e inclusivo já os tinham usado. E ter seguro salva-nos de ter contas para pagar até ao resto da vida.

Por isso é uma despesa que têm que ter em conta quando vão viajar.

A melhor coisa que te pode acontecer depois de pagar o seguro de viagem é que nunca tenhas que o usar. Se no final for “dinheiro perdido”, será porque não precisaste dele durante a viagem, o que e uma notícia muito boa!

O caso de um amigo meu, passou-se na India:

Tudo começou com dores muito fortes na zona do estômago, de dores passou para febres altas e de febres altas para uma operação ao apêndice. Uma operação que sem seguro custaria mais 6000 euros, com seguro foi coberta, numa clinica privada.

Eu felizmente durante a minha viagem nunca tive nenhum azar de ficar doente a ponto de ter que usar um hospital, porém já senti necessidade de ir mas não fui porque a conta iria ser elevada e optei por ficar de cama e esperar que as dores passassem. NUNCA MAIS! É um conforto viajar com seguro! Por isso:

NÃO VIAJES SEM SEGURO DE VIAGEM!!!

Vou então falar-vos da seguradora IATI, uma seguradora pensada em ti viajante e para que a TUA viagem não se estrague por um azar de ficar doente, de ter um acidente, de ser roubado e outras tantas circunstâncias.

Quem é a seguradora IATI?

Desde 1885 no mercado e atualmente o seguro online mais comprado em Espanha.

Especialista em seguros para viajantes independentes – os seguros Iati foram desenvolvidos especialmente para viajantes independentes, aventureiros, mochileiros e oferecem todas as coberturas para que viajes sempre seguro e com tranquilidade para onde fores. Cobrem tanto viagens curtas de fim de semana como viagens de longa duração para quem está a planear a sonhada volta ao mundo, ou um ano sabático, além do seguro multiviagem para quem faz várias viagens ao longo de um ano.

Cobre todos os destinos e todos os tipos de viagens e atividades – tem seguros para todos os destinos, mesmo para países considerados mais perigosos. Cobre a prática de várias atividades e desportos. Também cobre viagens em cruzeiro.

Oferece as coberturas mais importantes num seguro de viagem – assistência médica no estrangeiro, transporte de um familiar em caso tenhas que ser hospitalizado, roubos e danos de equipamentos e bagagem, repatriação ilimitada.(Um custo elevadíssimo, por exemplo aqui na Guiné-Bissau que não há cuidados básicos de saúde se me acontece alguma coisa tenho que ser repatriada e tem um valor altissimo!!) Além de todas as coberturas necessárias para que viajes tranquilo como atrasos de voos, perda do passaporte ou documentos, localização de bagagens extraviadas, etc.

Quando o canter avariou!

Para quem gosta de se aventurar nas montanhas e em desporto radical! – cobrem 50 tipos diferentes de desportos radicais e de aventura. 

Cobre roubo de equipamentos ou danos causados pelo operador de transporte – câmaras e equipamentos eletrónicos ficam assegurados até 50% da quantia segurada sobre o conjunto da bagagem. 

Para quem viaja com computador e máquina fotográfica (como é o meu caso) vale a pena, já se imaginaram a perder todo um investimento?

Cá eu não me imagino a ficar sem a Go Pro (como já aconteceu), máquina fotográfica, telemóvel e computador!

Que tipo de viajante és?

Iati Básico – Seguro de viagem barato pensado para viagens de férias curtas ou escapadelas a destinos próximos.

Iati Standard – Seguro com cobertura intermédia ideal para viagens com destino aos países membros da União Europeia ou Sudeste Asiático em viagens por mais de 30 dias. Este seguro não inclui nenhum tipo de atividade física ou desporto, por isso atenção ao aluguer de motas e acidentes!!!! (A minha opinião pessoal, se vão para fora da Europa é optar pelo IATI Mochileiros)

Iati Estrela – O seguro mais completo e com as maiores coberturas do mercado português para países como os USA, Canadá e Japão, onde os custos de saúde são muito altos. Oferece cobertura durante a prática várias atividades e desportos.

Iati Mochileiros Pensado para backpackers que gostam de conhecer novos destinos e praticar desportos radicais. Um seguro completo, com coberturas amplas e especializadas para a prática de mais de 50 tipos de atividades e desportos de aventura. É importante considerar o aluguer de motas famoso no Sudeste Asiático e a quantidade de acidentes que acontecem!!! É o que aconselho a ti que arriscas, e que vais sentir adrenalina.

Iati Bloggers e Grandes Viajantes – Para quem faz viagens de longa duração entre 6 meses e 1 ano ou várias viagens durante o ano. Também cobre a prática de diversos desportos com a possibilidade de ampliar a cobertura e incluir atividades especializadas.

Adiconar foto nas montanhas

Exemplo de viagem de 30 dias pelo ‘’mundo’’:

Se tiveres alguma dúvida não hesites em contactar!

Já tens a tua viajem marcada? Se sim, estás à espera do quê para garantires a tua segurança??

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O refúgio de Dalai Lama

”Este post no blog é em honra de todos os tibetanos que morreram em prol de uma causa. Se temos voz para gritar, se temos mãos para escrever, se temos coragem, temos que Denunciar todos os arbítrios.”

Entrar no estado de Himachal Pradesh é como entrar noutro país, o destino foi Dharamshala, onde actualmente reside a sua santidade o 14º Dalai Lama e a maior comunidade de refugiados Tibetanos. Conhecida como ”a pequena Lhasa” em referência à capital do Tibet. É um lugar simples e pacífico como não poderia deixar de ser.

Tudo em redor era Budista, foi regressar de novo às montanhas e sentir-me em paz é estranho como a energia das montanhas se reflete tanto no meu comportamento. (Não fosse eu tatuar uma montanha)

Fui visitar o museu Tibetano e descobrir mais sobre a história deste país, agora governado pela China. É chocante como a invasão da Chinesa obrigou a milhares de Tibetanos a fugirem das suas casas e refugiarem-se em países vizinhos que lhes abriram as portas como a India, o Nepal e o Butão e tudo isto se passou à meros 50 anos e em realidade hoje em dia ainda acontece.

Viviam em paz e harmonia, no meio das montanhas e tudo foi destruído a força das tropas chinesas mataram milhares de inocentes, destruíram património, capturaram monges e fecharam este que era um paraíso do universo.

A Índia abriu portas e no estado de Himachal Pradesh actualmente vivem milhares de refugiados. Estar ali é em parte estar no Tibete, aquelas pessoas viram-se obrigadas a fugir do seu próprio país senão acabariam presas à ditadura chinesa.

Free Tibet.

Amritsar e a religião Sikh

Amritsar está situado no estado de Punjab e a meros 30 km do Paquistão, é conhecido pelo golden temple e é um sitio de peregrinação para a religião Sikh.

Ao entrar nos arredores do templo tenho um choque, parece que não estou na Índia, parece que por momentos saí da sujidade, está tudo limpo, há caixotes do lixo por todo o lado, é tudo moderno e não se vê pobreza.

Os Sikh’s são facilmente distinguidos pois têm 5 adereços que estão sempre presentes, um turbante a cobrir o cabelo, uma bracelete de prata, calções de algodão, uma espada e um pente de madeira.

São amorosos e vivem em paz e isso sente-se ao entrar no templo, descalça e de cabelo coberto observei o redor e a energia era diferente, a música de fundo era tocada ao vivo dentro do templo e era intensa e profunda.

Pela noite tudo se tornava ainda mais mágico, o dourado brilhava e refletia no lago sagrado. Entrei e sentei-me no chão a ouvir, a meditar e a refletir sobre o meu ano e as lágrimas vieram-me aos olhos, foi um ano demasiado intenso e demasiado vivido.

A Dormida

Fiquei a dormir nas instalações do templo, faz parte dos valores éticos da religião Sikh oferecer estadia e alimentação a todos os que peçam, foi uma experiência incrível, o espaço onde fiquei era reservado para estrangeiros, os outros espaços estavam lotados e haviam pessoas a dormir por todos os lados.

O refeitório fica em frente do templo e funciona 24h através de voluntariado, centenas de pessoas ajudam e o processo já estava esquematizado e havendo pessoas distribuídas por vários postos.  Primeiro apanhávamos o prato, depois a taça e por fim a colher, dirigíamo-nos à sala e comia-se por turnos, assim que as portas se abriam sentávamo-nos no chão com o prato. Iam passando os voluntários com a panela e servindo, Dal, Curry, Leite Doce e Roti (Era só levantar as mãos e caía um roti do céu)

A comida era deliciosa, era cozinhada com amor, estava fascinada com tanta organização, com tanta partilha e dedicação de todos.

Fronteira com o Paquistão

A não perder é a troca do guarda e a recolha da bandeira de ambas as fronteiras. É como assistir a um jogo de futebol, algo que não esperava!

É uma guerra dançante entre os guardas da Índia e os guardas do Paquistão. A plateia vibra, grita, canta e dança! Está vestida a rigor tal como se estivesse a assistir a um jogo da seleção nacional. Os guardas pareciam uns galos flexíveis que corriam e levantavam a perna o máximo que conseguiam.

Só me conseguia rir e questionar-me isto é possível? e mais uma vez respondi-me:

”Tudo é possível na Índia”

Ao mesmo tempo era chocante estar a escassos metros do Paquistão que está em constante conflito com a India. Foi uma experiência cómica e inesperada e merece ser vista porque ”contado ninguém acredita”

Saio de Amritsar muito feliz e uma excelente impressão dos Sikh.