Fazer seguro de viagem?

‘’Aconselhas a usar seguro de viagem? Qual?’’

Até então tinha alguma dificuldade em sugerir um seguro de viagem barato e que valesse a pena, encontramos no mercado seguros com preços exorbitantes e que não incluem assim tanta coisa e outros mais em conta mas que se acontece alguma situação mais perigosa não valem de nada.

Eu fujo à regra as minhas viagens até hoje foram sempre sem seguro a pensar sempre que ‘’Só acontece aos outros’’ mas a verdade é que à medida que me fui cruzando com outros viajantes todos tinham seguros e inclusivo já os tinham usado. E ter seguro salva-nos de ter contas para pagar até ao resto da vida.

Por isso é uma despesa que têm que ter em conta quando vão viajar.

A melhor coisa que te pode acontecer depois de pagar o seguro de viagem é que nunca tenhas que o usar. Se no final for “dinheiro perdido”, será porque não precisaste dele durante a viagem, o que e uma notícia muito boa!

O caso de um amigo meu, passou-se na India:

Tudo começou com dores muito fortes na zona do estômago, de dores passou para febres altas e de febres altas para uma operação ao apêndice. Uma operação que sem seguro custaria mais 6000 euros, com seguro foi coberta, numa clinica privada.

Eu felizmente durante a minha viagem nunca tive nenhum azar de ficar doente a ponto de ter que usar um hospital, porém já senti necessidade de ir mas não fui porque a conta iria ser elevada e optei por ficar de cama e esperar que as dores passassem. NUNCA MAIS! É um conforto viajar com seguro! Por isso:

NÃO VIAJES SEM SEGURO DE VIAGEM!!!

Vou então falar-vos da seguradora IATI, uma seguradora pensada em ti viajante e para que a TUA viagem não se estrague por um azar de ficar doente, de ter um acidente, de ser roubado e outras tantas circunstâncias.

Quem é a seguradora IATI?

Desde 1885 no mercado e atualmente o seguro online mais comprado em Espanha.

Especialista em seguros para viajantes independentes – os seguros Iati foram desenvolvidos especialmente para viajantes independentes, aventureiros, mochileiros e oferecem todas as coberturas para que viajes sempre seguro e com tranquilidade para onde fores. Cobrem tanto viagens curtas de fim de semana como viagens de longa duração para quem está a planear a sonhada volta ao mundo, ou um ano sabático, além do seguro multiviagem para quem faz várias viagens ao longo de um ano.

Cobre todos os destinos e todos os tipos de viagens e atividades – tem seguros para todos os destinos, mesmo para países considerados mais perigosos. Cobre a prática de várias atividades e desportos. Também cobre viagens em cruzeiro.

Oferece as coberturas mais importantes num seguro de viagem – assistência médica no estrangeiro, transporte de um familiar em caso tenhas que ser hospitalizado, roubos e danos de equipamentos e bagagem, repatriação ilimitada.(Um custo elevadíssimo, por exemplo aqui na Guiné-Bissau que não há cuidados básicos de saúde se me acontece alguma coisa tenho que ser repatriada e tem um valor altissimo!!) Além de todas as coberturas necessárias para que viajes tranquilo como atrasos de voos, perda do passaporte ou documentos, localização de bagagens extraviadas, etc.

Quando o canter avariou!

Para quem gosta de se aventurar nas montanhas e em desporto radical! – cobrem 50 tipos diferentes de desportos radicais e de aventura. 

Cobre roubo de equipamentos ou danos causados pelo operador de transporte – câmaras e equipamentos eletrónicos ficam assegurados até 50% da quantia segurada sobre o conjunto da bagagem. 

Para quem viaja com computador e máquina fotográfica (como é o meu caso) vale a pena, já se imaginaram a perder todo um investimento?

Cá eu não me imagino a ficar sem a Go Pro (como já aconteceu), máquina fotográfica, telemóvel e computador!

Que tipo de viajante és?

Iati Básico – Seguro de viagem barato pensado para viagens de férias curtas ou escapadelas a destinos próximos.

Iati Standard – Seguro com cobertura intermédia ideal para viagens com destino aos países membros da União Europeia ou Sudeste Asiático em viagens por mais de 30 dias. Este seguro não inclui nenhum tipo de atividade física ou desporto, por isso atenção ao aluguer de motas e acidentes!!!! (A minha opinião pessoal, se vão para fora da Europa é optar pelo IATI Mochileiros)

Iati Estrela – O seguro mais completo e com as maiores coberturas do mercado português para países como os USA, Canadá e Japão, onde os custos de saúde são muito altos. Oferece cobertura durante a prática várias atividades e desportos.

Iati Mochileiros Pensado para backpackers que gostam de conhecer novos destinos e praticar desportos radicais. Um seguro completo, com coberturas amplas e especializadas para a prática de mais de 50 tipos de atividades e desportos de aventura. É importante considerar o aluguer de motas famoso no Sudeste Asiático e a quantidade de acidentes que acontecem!!! É o que aconselho a ti que arriscas, e que vais sentir adrenalina.

Iati Bloggers e Grandes Viajantes – Para quem faz viagens de longa duração entre 6 meses e 1 ano ou várias viagens durante o ano. Também cobre a prática de diversos desportos com a possibilidade de ampliar a cobertura e incluir atividades especializadas.

Adiconar foto nas montanhas

Exemplo de viagem de 30 dias pelo ‘’mundo’’:

Se tiveres alguma dúvida não hesites em contactar!

Já tens a tua viajem marcada? Se sim, estás à espera do quê para garantires a tua segurança??

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O refúgio de Dalai Lama

”Este post no blog é em honra de todos os tibetanos que morreram em prol de uma causa. Se temos voz para gritar, se temos mãos para escrever, se temos coragem, temos que Denunciar todos os arbítrios.”

Entrar no estado de Himachal Pradesh é como entrar noutro país, o destino foi Dharamshala, onde actualmente reside a sua santidade o 14º Dalai Lama e a maior comunidade de refugiados Tibetanos. Conhecida como ”a pequena Lhasa” em referência à capital do Tibet. É um lugar simples e pacífico como não poderia deixar de ser.

Tudo em redor era Budista, foi regressar de novo às montanhas e sentir-me em paz é estranho como a energia das montanhas se reflete tanto no meu comportamento. (Não fosse eu tatuar uma montanha)

Fui visitar o museu Tibetano e descobrir mais sobre a história deste país, agora governado pela China. É chocante como a invasão da Chinesa obrigou a milhares de Tibetanos a fugirem das suas casas e refugiarem-se em países vizinhos que lhes abriram as portas como a India, o Nepal e o Butão e tudo isto se passou à meros 50 anos e em realidade hoje em dia ainda acontece.

Viviam em paz e harmonia, no meio das montanhas e tudo foi destruído a força das tropas chinesas mataram milhares de inocentes, destruíram património, capturaram monges e fecharam este que era um paraíso do universo.

A Índia abriu portas e no estado de Himachal Pradesh actualmente vivem milhares de refugiados. Estar ali é em parte estar no Tibete, aquelas pessoas viram-se obrigadas a fugir do seu próprio país senão acabariam presas à ditadura chinesa.

Free Tibet.

Rodeada de boas pessoas

Ainda em Varanasi quero partilhar os momentos mais marcantes convosco, ao estar sozinha sou um alvo fácil, quer para os acontecimentos maus mas também para os acontecimentos muito bons, e são estes acontecimentos muito bons que vou partilhar com vocês.

Tive sorte, encontrei-me com uma família de 3 catalães o Quico, a sua filha Sira e o Andreu, tem um espírito de viagem incrível e eram apaixonados por Varanasi, e ensinaram-me alguns dos seus segredos e das suas pessoas como o Babu.

O Babu tem um restaurante ‘‘ Nice Restaurant’‘ e uma Guest House onde fiquei hospedada, é um cozinheiro maravilhoso e as refeições foram todas feitas ali, o típico ”Bom e Barato”.

A relação próxima que Quico tinha com Babu permitiu-me aproximar dele e da sua família, e no dia antes da minha partida fui convidada para o casamento da sobrinha da sua irmã ( Acho que estou a dizer corretamente).

Haverá maneira mais épica de começar uma viagem pela Índia? Já estava apaixonada por tudo o que tinha visto e isto agora? Não sei se lhe chame sorte, não sei se lhe chame entrega, estou a absorver tudo e estas oportunidades deixam-me de sorriso na cara.

Era a recepção do casamento, pois já se tinham casado na semana anterior mas os casamentos Indianos podem durar até 1 semana. Não esperava um espaço tão grande, nem tantas pessoas, eram mais de 1000 pessoas! Uma variedade de comida incrível e deliciosa, no meio de tanta gente sentia-me uma indiana disfarçada, a comer com as mãos, a passar despercebida no meio de tanta cor, por vezes olhavam-me e sorriam timidamente.

Toda a preparação foi incrível, vestiram-me um sari (o vestido indiano), maquilharam-me e transformaram-me numa indiana.

Experiências de mergulhar na loucura pura do país não surgem todos os dias por isso aproveitei este momento como sei.

Outro momento que me marcou foi ter conhecido Shukdev, já tenho falado várias vezes no blog que utilizo bastante a plataforma couchsurfing e foi aqui que o conheci.

Levou-me de mota pela confusão das ruas de Varanasi, tudo se passava, a buzinadelas, as vacas a cruzarem-se pelo caminho, os tuk tuk que não têm regras e até pessoas a levarem os corpos para os crematórios. Acho que só vivendo mesmo, não consigo comprar este caos com alguma coisa que já tenha vivido. ”Welcome to Índia” pensava eu a rir.

Levou-me ao Blue Lassi, ao melhor Lassi de Varanasi que estava delicioso, fomos jantar a um restaurante típico e ainda me levou a um templo fora da cidade e explicou-me toda a sua história.

Encontrei-me com o Shukdev várias vezes e criei um laço especial, sentia-me bem com ele e aprendi imenso somo a religião Hindu e sobre a sua cultura. Uma partilha sem filtros onde sempre dei a minha opinião e ele a dele, super curioso sobre a minha vida em Portugal e o porquê de optar por viajar assim.

É pena estas pessoas serem uma pequena passagem na vida, pois há tanto para falar, dei por mim perdida nas horas a receber tanta informação. Foi incrível.

Se passarem por Varanasi e este ser é uma das pessoas que têm que conhecer, mas têm que estar preparados porque vão aprender muito desta só pessoa.

Obrigada Shukdev.

Varanasi, um amor à primeira vista

Depois de 5 meses no Nepal sinto-me renovada, todos os ensinamentos  que as montanhas me ofereceram, todas as pessoas que conheci, e a paz e felicidade que preencheram a alma e o coração.

Pudesse eu explicar o que sinto através de palavras, fosse eu um Fernando Pessoa e faria dos sentimentos um livro que moveria mundos e vidas, não sendo, movo o meu mundo escrevendo o que sinto já me é suficiente.

Agora ao iniciar a minha viagem pela India pergunto-me,

Será possível apaixonar ao chegar?
Será possível ser abraçada pela cultura e religião?
Pintaram-me o caos e assustaram-me com histórias tuas, mas não passou disso. Ao sentir-te apaixonei-me.
Olá Índia.
Olá Varanasi.

Varanasi é a cidade habitada mais antiga do mundo e a mais sagrada da Índia, a cidade onde muitos escolhem terminar a sua passagem por esta vida porque acreditam que se a suas cinzas forem deitadas no rio Ganges acabam com o ciclo da reencarnação e alcançaram a paz interior. O rio sagrado nasce nos Himalaias e  cruza uma Índia que o cuida de uma forma especial, especialmente em Varanasi.

Ao longo dos Ghats (portas) é possível ver as pessoas a tomarem banho, darem banho às vacas, lavarem a roupa, os dentes e até a beberem água. Resumidamente tudo se faz no Rio Ganges.

Neste rio são atiradas as cinzas dos corpos previamente cremados nos ghats, os corpos das crianças, das mulheres grávidas, dos animais, de pessoas mordidas por cobras, ou doentes de lepra são afogados pois estes não podem ser cremados.

Uma caminhada pelos Ghats tem muito que se lhe diga, é um ensinamento, uma escola. Fui questionada uma série de vezes, acompanhada por locais curiosos sobre mim, o que fazia ali, quem eu era e no que acreditava. Partilhando comigo a sua sabedoria ganha ao longo dos anos de meditação e encontros interiores.

Há sempre coisas a passarem-se ao longo do rio, por isso o melhor é sentar e desfrutar o ambiente, as pessoas, as conversas acompanhadas pelo belo chai.

Passei horas sentada a escrever e falar com estranhos, bebi um número incontável de chais e apaixonei-me por esta cidade.

O que fazer por Varanasi?

1.Uma volta de barco e ver o nascer do sol.

A não perder não só pela bola de fogo que nasce no rio Ganges, mas por todo o ambiente do acordar de Varanasi, a mística que há no rio pela madrugada. Já há pessoas a tomarem banho, outras a rezarem e outras a lavarem a roupa.

Pelo barco é possível ter uma vista mais panorâmica sobre os ghats.

2. Beber chai e sentar nas escadas a observar e absorver

O meu preferido! Tive oportunidade de falar com muitos locais sobre a vida em geral e conseguir compreender mais a visão do hinduísmo. Ver a morte com outros olhos e a beleza que é o apego que estas pessoas têm a este rio, e o carinho com que o cuidam.

3.Ceremonias de fogo na ghat Dashashwamedh

4. Amanhecer no Asi Ghat e aproveitar a aula grátis de Yoga

5. Perder-se pelas ruas de estreitas Bangali tola e descobrir a beleza de o dia-a-dia na cidade mais velha do mundo.

6. Tomar um Lassi na famosa loja : Blue Lassi

Casa nova: Katmandu, Nepal

Namastê,

Foi uma chegada atribulada, o voo aterrou de emergência (demoraram 3h em arranjos) e ao chegar ao aeroporto a minha mala tinha sido extraviada.

O Bishwo (irmão do Kamal, o director da escola) estava à minha espera e seguimos até casa de carro.

Olhava em redor e tudo era diferente, as cores, os cheiros, a confusão, as pessoas.

Está um calor húmido que nos primeiros momentos custa a respirar, a roupa cola-se ao corpo e num instante estamos pegajosos. Em Macau também era assim, recordava.

Toda a gente apita sem motivo, as regras de trânsito parecem não existir, ou na verdade cada um faz as suas regras.

É uma aventura cada vez que se sai à rua, desviar das poças de lama, usar máscara quando o pó é demasiado, atravessar estradas entre o amontoado de carros e motas, e tentar não ser atropelada porque a invenção das passadeiras aqui é apenas um efeito estético, pedir comida sem picante (quando eles dizem ”it’s just a little bit” é porque para mim é extremamente picante) e pedir um táxi com meter tcha (taxímetro).

Os Nepaleses são acolhedores e apresentam sorrisos constantemente, prestáveis e muito curiosos.

Os meus primeiros dias têm sido fantásticos, a Teresa que é a professora que eu vou substituir tem feito de tudo para me integrar aqui, mostrou-me a cidade, apresentou-me a Catarina ( voluntária da Obrigado Portugal) e o Matt que trabalha cá.

Já percorri parte da cidade e ainda é possível ver os destroços que o terramoto provocou.

O que vim para aqui fazer perguntam?

Vim dar aulas de Português na primeira escola Portuguesa no Nepal, vou ser a segunda professora desde que a escola abriu.

A escola ”Onovato” foi criada com o objectivo de dar bases de Língua Portuguesa aos Nepaleses que vão emigrar para o nosso país, e desta forma facilitar a sua integração na nossa cultura, ajudar na procura de trabalho e ainda aumentar a ligação destes dois países.

Vejo esta escola como uma enorme expansão da nossa língua pelo mundo e sinto orgulho em fazer parte deste projecto.

Deixo-vos com algumas fotografias: