Salzburg & Couchsurfing

Plano bomba, portanto tenho que estar em Pfozheim só na Segunda-Feira, e é Quarta-Feira. Ficar em Munique tanto tempo não é para mim, pensei. Vou só ali a Salzburg e depois volto tudo para atrás, afinal de tudo não pago o transporte.

E assim foi, em Salzburg não tinha ninguém então optei por usar a ferramenta Couchsurfing , felizmente tive uma resposta positiva num instante!

Casa: check 

Pus malas às costas na Quinta-Feira de manhã e lá fui eu.

A sorte está sempre à minha porta, as boleias têm sido fáceis de apanhar com pessoas muito simpáticas que me deixam no destino mesmo tendo que fazer um pequeno desvio.

Cheguei a Freilassing, cidade que faz fronteira com Salzburg que é a minha casa nos próximos 3 dias. Hans o meu hostsurfer foi-me buscar ao Macdonalds de carro mesmo morando apenas a 500 metros!

O Hans, neste post vou falar muito dele, foi o que ”fez valer a pena” a ida a este cantinho da Austria.  Com os seus 63 anos, com mais de 200 pessoas recebidas em sua casa e mais de 40 países visitados é um amor de pessoa, dá tudo o que tem aos seus ”guests”.

Na primeira noite vimos um filme, nada percebia porque aqui na Alemanha é tudo dobrado, mas a companhia era o mais importante.

Deu-me a chave e fez-me sentir em casa, e estava sempre a dizer ”If you don’t ask you don’t get” (Se não pedires não terás).

Acordei, tinha pão fresco à minha espera na cozinha, com fruta e 2 barras de cereais… incrível. Tomei o pequeno-almoço e saí para ir desvendar a cidade.

Uma pequena cidade conhecida pelo nascimento de Mozart e que na verdade parece feita de legos como já dizia uma amiga minha.

Subi, Subi e Subi até chegar ao topo da colina quando sou maravilhada por estas montanhas que me cortaram o ar, deitei-me na relva fechei os olhos e aproveitei aquele sol de inverno.

Sábado

O Hans levou-me a passear disse-lhe que queria ir ver natureza que já estava farta de cidade, ele sem hesitar disse que me levava a uma mina de sal e depois íamos a um lago, Konigsee. Não há palavras para descrever esta bondade, depois de um mega-pequeno almoço lá fomos!

Esta imagem vale por mil palavras!

Danke Hans!

29/10/2016

Marta Durán

Konstanz, uma espécie de abrigo

Antes de falar de Konstanz vou-vos falar da Rita. A Rita é uma amiga que conheci no GASTagus (grupo de voluntariado), e como hei de começar a descrever esta rapariga? Uma pequena grande Mulher, aventureira, perseguidora de sonhos, apaixonada, sorridente sim aquele sorriso impossível de esquecer, e uma paz interior que me contagia. Bem, esta é parte da Rita, mas não há palavras que a descrevam só tendo a sorte de a conhecer.

Ela não sabe, mas, antes de decidir fazer esta viagem, a Rita foi das primeiras pessoas a quem recorri, sabia que me ia aconselhar e acalmar ‘’Miúda relaxa, vai correr tudo bem’’ disse. Após trocar umas palavras, decidi marcar a viagem, procurei de Lisboa para ‘’Qualquer destino’’ e calhou ser Genebra o destino mais barato para a semana a seguir, 39 euros foi o preço do bilhete.

Talvez seja o destino ou simplesmente coincidências da vida, era onde a Rita estava a viver de momento.

Bem, voltando a Konstanz, uma cidade na fronteira com a Suíça, aqui estava a Rita de passagem a visitar um amigo, convidou-me para passar uns dias com ela e com o pessoal, e assim foi.

Cheguei, recebida pelo sorriso e um abraço acolhedor da Rita, fomos para ‘’casa’’. Estava mega cansada e a ficar doente, felizmente hoje era dia de ‘’cuddling’’, han? Sim também fiquei assim, fomos ver um filme com o Mauro e a … quentinhos, e juntinhos e isto se chama ‘’cuddling’’, estão a imaginar? Uma cama, quente, almofada, manta e uma bruta de uma constipação… obviamente que adormeci e soube pela vida.

Foram 3 dias em paz, em desabafo e rodeada de pessoas com boas energias.

No segundo dia fomos para as montanhas, eles foram escalar e fazer highllining… e ainda dizem que eu sou maluca!

Ficámos lá o dia todo, estava um sol de inverno acolhedor, dormi, relaxei, escrevi e li, aliás acabei de ler ‘’Encontros Marcados’’ de Gonçalo Cadilhe oferecido pela minha grande amiga Capella, e de facto os encontros que estavam à minha espera tem sido surpreendentes e espero que continuem a ser. Há dias que nos preenchem e que nos deixam mais calmos e este foi um deles.

Assim terminava esta minha passagem por este cantinho do mundo, Constança (em Português).

Obrigada à Rita pelos desabafos, pelas lágrimas, pelos risos e maluqueiras espero encontrar-te por aí, algures…

O que torna os sítios especiais são as pessoas.

Já de saída, mala às costas, despedidas feitas… fomos em direção ao supermercado comprar comida para a viagem, pão, fruta e água.

UPS!! RITAAAA, ESQUECI-ME DE 4 CUECAS NO ESTENDAL!! – disse eu mega preocupada

Temos que voltar? Tens muitas cuecas ainda? – Responde Rita calmamente

Epah…. devo ter outras 4 … mas não chega tenho mesmo que voltar… mil desculpas– respondi eu mega preocupada

Tranquilo, Marta, não faz mal as cuecas são importantes! – Diz Rita calmamente

Voltámos num pronto e metemo-nos à estrada com as cuecas já na mala.

Apanhámos o ‘’free’’ bus, incrível como tudo é grátis, até ao ferry. Já no ferry, com um cartaz a dizer Munich, percorríamos carro a carro a sorrir e a mostrar o nosso destino, já tínhamos passado todos os carros e a esperança era escassa. Até que numa carrinha com 2 homens lá dentro, vemos um fixe! E que alegria eles iam diretamente para Munich eram quase 3h de viagem.

A Rita ia para Kempten que ficava antes de Munich mas veio connosco atrás na carrinha!

Eram motars, o Woolf e o Mike, cobertos de tatuagens ‘’sangre por sangre’’ dizia na mão de Mike. Já tinham visitado Portugal nas suas viagens à volta da Europa com as suas Harleys Davinson, obviamente que gostarem do vinho do Porto, e Sagres (a cerveja).

Foram 3h de conversa sobre tudo, viagens, motas, cerveja e até sobre droga!

Deixámos a Rita pelo caminho, um abraço apertado e um até já.

Chegámos, um abraço forte e vemo-nos por aí algures na estrada.

HELLO MUNICH! A Marta chegou!!

24/10/2016

Marta Durán